Tem história que começa não se sabe por quê. Sem propósito, sem motivo relevante, sem intenção substancial. Apenas para constar, apenas para não deixar o nada ocupar espaço. E em algumas relações como é bom o espaço do nada! O nada é sim alguma coisa; algo muito mais válido do que o envolvimento desproposital. E depois de algumas situações fica fácil, sim!
Fica fácil enxergar quando o nada tem mais conteúdo saudável do que a manipulação libidinosa de alguns momentos... mas é difícil resistir...E o consciente auto-engano nos pune sem dó. Situações assim trazem o efêmero de brinde, como aquele esmalte da cor da moda que você ganha na compra da Marie Claire e odeia a cor na sua unha.
Eu, desde o início, não me senti bem com a cor do esmalte. Então tirei. Mas cometi o erro de não jogar o vidro fora. Impressionante a capacidade de guardar coisas inúteis. O grande problema de manter o que você já sabe que não serve mais é que, um dia, por um descuido do bom senso, pode voltar a usar. E o agravante: pode ser difícil tirar a cor no canto da unha, mesmo usando corretamente as técnicas manuais.
Eu, hoje, jogo definitivamente o esmalte fora. Mais do que outras cores, eu quero o incolor, que deixa transparecer a verdadeira natureza do tom da minha unha. Qualquer hora dessas, eu conto essa história de forma menos subjetiva, mas, por enquanto, prefiro pensar que foi apenas uma cor que eu não gostei. É mais leve... e combina com a indiferença que sinto.

Nenhum comentário:
Postar um comentário